8 de dezembro de 2008

NÃO ÉS BOA MÃE PORQUE NÃO ME QUERES COMPRAR NADA!

gritava hoje uma miúda de 5 anos no supermercado. Depois pontapeou a irmã mais velha e voltou a gritar. Quando cheguei à caixa, estava no final do número: a mãe recusava-se a pagar-lhe mais uma barbie, por isso tentava o truque do choro. Como não resultou em nada mais do que incomodar toda a gente e a mãe se afastou, só restou ao segurança tentar fazer-lhe devolver a boneca. A tomada de decisão nas mãos do segurança do supermercado, porque não se podia forçar a menina...
Devo estar a ficar velho, porque consigo imaginar esta mãe e esta criança, daqui a alguns anos e não acho graça nenhuma ao incidente. Só não tenho pena da progenitora porque acho que a sua desresponsabilização merece o que lhe vai suceder.
Mas tenho pena de nós, o país nas mãos destes ditadorezinhos de fraldas, que vão votar e exigir do Estado que se comporte como a mãe.

10 comentários:

joao disse...

sim. concordo q e' na educacao q devemos concentrar esforcos.

mas q educacao? como?

Coelha :B disse...

Barbies.. I loved Barbies..but they can bring out the worst in any little girl. Don't blame Barbie though---it's Ken's fault. :) Julie

Cristina Dionísio disse...

Quando num post me referi à geração papinha-toda-feita houve pessoas que me caíram em cima e me chamaram pessimista. Já com dois anos vêm disparados bater-nos e dizer «mãe má» por não os deixarmos ver mais bonecos no youtube. É óbvio que logo a seguir levou uma bela de uma palmada no rabo - chamem a protecção de menores, não quero saber, não vou é tolerar que um fedelho que me dá pelos joelhos me levante a mão.

Animal disse...

apesar de ser ilegal - e agora crime, ao que parece - cá por casa vão-se dando umas nalgadas nos petizes malcriados.

tanta violência e não frequentam a consulta de pedopsiquiatria, vejam só...

JS disse...

Eu também sou mãe de uma menina de 5 anos. Curiosamente hoje levei-a ao Toys are Us e como qualquer criança "saudável" ficou maravilhada com tantos brinquedos. Mas sabe que há prioridades e limites e pergunta sempre se pode levar algo, o que me redobra o prazer de lhe oferecer.

Anónimo disse...

Que dizer e como dizer em poucas palavras.
Pais separados e a exercerem chantagem com os filhos;
Falta de afirmação dos pais;
Falta de conhecimento dos pais, face ao que ouvem - Traumas, Justiça etc. etc. etc.
Hoje ouvi uma notícia de que os professores não deviam corrigir a vermelho. Pode traumatizar as crianças. Esta veio dos psicólogos da terra dos Cangurus.
Em tempos foi o trauma por se ensinar a escrever entre duas linhas, limitava as crianças.
Apetecia-me, fugir para longe, p'ra muito longe...
BS

Tinta Azul disse...

Ainda há dias assisti a uma conferência bem interessante sobre este tema pelo autor do livro

"O Pequeno Ditador" - Javier Urra.

Há de facto muitos filhos que são ditadores para os pais, por isso
deviam lê-lo. Só lhes fazia bem, pois cenas destas, de facto, não auguram bom futuro.

Isto acontece porque é muito mais fácil dizer sim do que dizer não;
porque há gente que confunde deixar fazer tudo com dar afecto.

Autoridade [da boa] e afecto combinam muito bem.

Anónimo disse...

A brincar, a brincar...eu tinha um esboço de stand-up comedy em que as crianças levavam um bocado. E merecem-no. Há pequenos terrores dignos do período do Terror, na Revolução Francesa.

Anónimo disse...

Pegando nas palavras de Tinta Azul...É difícil dizer não, pq temos medo de errar e de não ser "perfeitos". Hoje sei que se usarmos o coração e confiarmos nas nossas emoções nunca erramos muito!...Se soubesse o que sei hoje, seria decididamente mais assertiva com a minha filha; é uma enorme responsabilidade não lhe ter dado mais oportunidades de se confrontar com a frustração de respeitar regras, deveres e direitos dos outros.
Ana C.G.

Anónimo disse...

Durante anos abominei o meu pai, porque achava que ele era um grande forreta! HojE agradeço-lhe imenso porque, para além de não me ter faltado com nada, nunca me deu tudo o que eu queria.
OBRIGADO PAI.
Assisto todos os dias ao crescimento de crianças entre os 3 e os 5 anos, e posso assegurar que talvez mais de 60 % das famílias são hoje quase totalmente controladas pelas crianças e seus caprichos. Será a tal geração índigo? Ou será que muitos pais começam a desistir cada vez mais cedo de educar os filhos e deixam-no para os educadores e professores? Ou para a televisão, ou para o computador?